O objectivo é reproduzir coelhos bravos em cativeiro, animais que serão depois utilizados para o repovoar zonas indicadas para caça. O Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) quer tornar a povoar as áreas que foram afectadas por doenças, repondo nesses locais um efectivo reprodutor mínimo que assegure a continuidade das colónias de coelhos.
Os parques de reprodução de coelhos bravos em cativeiro, um na Madeira e outro no Porto Santo, começaram a ser analisados pelo Governo Regional no primeiro semestre deste ano e a empreitada vai arrancar dentro de pouco tempo, agora que o contrato foi assinado.
A empreitada de construção de parque de criação de coelhos bravos em cativeiro na ilha da Madeira e do Porto Santo custa 326 mil euros (acrescido de IVA à taxa legal em vigor) aos cofres do executivo madeirense. Os valores a pagar estão inscritos no orçamento privativo do IFCN para 2019. Com este projecto, o Centro Cinegético da Casa Velha também vai ser beneficiado, de modo a melhorar a eficácia na reprodução de perdizes e de codornizes e aumentar o número de aves para repovoamento.
Recorde-se que os surtos de Mixomatose e da Doença Hemorrágica Viral (DHV), que afectaram a Madeira nos últimos anos, ainda que periodicamente, bem como a ilha do Porto Santo, caracterizaram-se por apresentarem elevado grau de contágio e causaram elevadas taxas de mortalidade. Consequentemente,houve uma diminuição drástica das populações de coelhos bravos (Oryctolagus cuniculus).
Como esta é a principal espécie cinegética da Região, assim como parte da cadeia alimentar de outras espécies, o Governo Regional quer assegurar a sua continuidade.
Por causa do decréscimo das populações de coelho bravo, a pressão cinegética (caça) incidiu nos últimos anos nas aves, como a perdiz vermelha, a codorniz, daí que seja urgente aumentar também estas espécies. O investimento nos parques de reprodução de coelhos bravos e na beneficiação do Centro Cinegético da Casa Velha tem em vista aumentar a capacidade de reprodução em cativeiro para tornar a caça a estas espécies sustentável.
Fonte: dnoticias.pt