A propósito dos recentes projectos de lei contra a Caça neste Parlamento eleito por todos nós Caçadores…
Com a urbanização da sociedade, foi-se perdendo a proximidade com a Natureza e artificializou-se o modo como contactamos com ela.
Citadinas, certas pessoas que moram nos centros urbanos, escolheram levar uma vida afastada da Natureza. Estão agora ocupadas com as suas rotinas diárias próprias da vida de cidade.
Gastam horas todos os dias para chegar ao trabalho através do trânsito caótico de milhares e milhares de automóveis e nos seus próprios empregos já nada têm que ver com o meio natural nem nada focam que se relacione com a Natureza.
As distrações que têm fora dos empregos, são também elas assim artificiais: o modo como passam as férias, o cinema, o teatro, a discoteca, os concertos, etc… ou então, imitações da própria Natureza: o jardim, o zoológico, a piscina, o golf, o ginásio, a corrida, entre outras.
A estes citadinos não lhes interessa para nada, que se extinga certa espécie de inseto, ou anfíbio, isso não é importante!
Por isso, por força da artificialização da sua maneira de viver, perderam por completo o seu ADN natural, e renegam as suas características ancestrais animais, pondo em causa tudo o que tenha a ver com atividades e ritos campestres, para eles carecendo dos padrões de artificialidade exigida pela sociedade moderna das cidades.
Isso leva-os assim a, também artificialmente, idolatrarem os animais de companhia, os seus cães e gatos, coelhinhos e tartarugas, que tratam como se fossem humanos, negando algum resquício animal que poderiam ainda conservar, com um terror inconsciente de, ao mesmo tempo, estar a perder o último elo que os liga, de alguma forma, a uma natureza que eles imaginam mas que não existe.
Com os Caçadores passa-se o contrário. O Caçador quer pertencer ao Campo, à Natureza. Ambiciona continuar a ocupar o seu lugar na cadeia animal natural. Busca o seu lugar na própria cadeia trófica como predador que é e sempre foi na qualidade de omnívoro.
Porém, como animal inteligente que é, preocupa-se agora com as cadeias tróficas que sabe não poderem ser quebradas na Natureza, sob pena de as suas presas poderem também vir a ficar comprometidas.
Assim, tem o maior cuidado com a fauna a jusante, percebendo que ao fazê-lo, isso beneficiará muito as suas presas.
Por outro lado, ao manter populações saudáveis e prosperas das suas presas favoritas, cuida também dos pequenos e grandes predadores a montante na cadeia trófica natural.
Esta Ação perpetrada pelos Caçadores que mantêm este interesse, talvez um pouco egoísta, de poderem continuar a caçar sustentadamente, confere um equilíbrio ao meio natural com tal importância que, se os Caçadores, por alguma razão, abandonassem também eles o campo, dar-se-ia uma catástrofe na fauna interrompendo de uma vez todo sistema de vida dos animais selvagens que ainda prosperam na natureza com o seu cuidado e a sua intervenção.
Por isso, cabe-nos passar esta mensagem a alguns caçadores menos conscientes do seu papel preponderante no seio da Natureza e na criação da Biodiversidade que, porventura, nunca tenham pensado nisso e, talvez um dia, os habitantes das cidades, ao invés do que fazem hoje, venham a agradecer muito aos Caçadores o seu insubstituível papel na Manutenção do que ainda resta da Conservação da Natureza…
Desejo a todos um 2020 cheio de Realizações e Caça!